Editorial
Diplomacia vaga
Mais um grande conflito de proporções globais se iniciou neste fim de semana. A histórica briga, cheia de nuances, que envolve Israel e Palestina escalou fortemente e chegou a um dos momentos mais sangrentos de sua história. A situação ocorre em paralelo à guerra entre Rússia e Ucrânia, além de tantos outros confrontos em menor escala. Enquanto isso, a Organização das Nações Unidas (ONU) e as grandes potências e lideranças globais parecem fazer reuniões inócuas para ter o que falar em coletivas de imprensa ou em postagens virtuais.
O fato é que há um bom tempo a diplomacia, ou tentativa dela, pouco impacta em líderes políticos com projetos de poder ou de ódio. Não entramos no mérito de um ou outro lado estar certo ou errado. Enquanto os políticos ficam em joguetes de poder, vidas são perdidas. E, não importa a posição político-filosófica do indivíduo, não há como aceitar nenhuma situação em que a morte seja uma solução para resolver conflitos. Pelo contrário.
Na edição de hoje, o Diário Popular traz relatos de quem daqui acompanha o desenrolar do que acontece, tendo familiares e amigos por lá. Longe dos meandros do poder, há milhões de pessoas que sofrem angustiadas. É difícil fazer uma análise da situação, ainda mais sendo simplista - como a maioria das avaliações vêm sendo atualmente. Como dito na frase de abertura deste Editorial, é uma briga cheia de nuances e que há algumas décadas é levada em um banho-maria que poderia ser, a qualquer momento, ser transformado em uma panela de pressão. O que aconteceu.
Demais países, entidades e organizações não parecem ter ideia de como lidar com isso. Enquanto uns acenam a Israel, outros parecem ponderar a situação da Palestina. Pouco se vê em termos de avanços diplomáticos e algumas posições tomadas são por firmar o pé ao lado de um dos envolvidos, ao invés de tentar colocar panos quentes e atenuar as tensões. No fim, a avaliação de líderes parece passar, em primeiro lugar, por maneiras de se capitalizar politicamente diante da situação para, então, tomar uma atitude. Enquanto isso, o restante da humanidade aguarda os desdobramentos, com uma esperança cada vez mais distante de que os fantasmas de guerras de proporções globais não voltem a nos assombrar.
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